Primeiramente, tenho que compartilhar com vocês minha felicidade de finalmente estarmos em outubro. Há algo muito bom pra acontecer esse mês que eu estou esperando dez do começo do ano, e finalmente está perto o suficiente pra eu começar a ter minhas crises de ansiedade.
Mas, falando do livro, admito que li por indicação de outros blogs. Depois que criei o Winter Of Me e comecei a acompanhar diversos blogs, minha lista de livros pra ler cresceu muito. Agora que minhas provas finalmente acabaram pude começar a escolher livros dessa lista para ler, e escolhi aleatoriamente A Seleção.
O livro é o primeiro da trilogia criada por Kiera Cass.
Logo de cara tanto a capa do livro quando a sinopse me chamaram atenção, assim que li que a história envolvia príncipes, princesas e castelos me interessei.
Bem, a história se passa em uma época futurista onde os países que conhecemos não existiriam mais, todos tendo seu fim após a "Quarta Guerra Mundial", porém, no lugar onde hoje seria os Estados Unidos, se ergueu um reino, chamado Reino De Illéia. O modo que encontraram para estabelecer a paz, foi dividir a população em castas. De 1 á 8, quanto maior seu número, mais pobre você é.
A história se concentra em America Singer, uma menina de 16 anos da casta 5 que, apesar de todas as dificuldades de sua vida, só queria se casar com quem ela acreditava ser seu grande amor, Aspen, da casta 6. Mas as circunstancias a levaram a se inscrever na seleção, que nada mais era que uma forma de coletar 35 garotas do reino que estivessem dispostas a ser a princesa e futura rainha de Illéia para viver no castelo, sob os olhos do príncipe, que escolheria com qual delas quer se casar. Se agarrando na ideia de que nunca seria escolhida, America vai para a seleção por estar com o coração partido por Aspen, mas ela não esperava que o príncipe (Maxon) seria tão charmoso e mexesse com ela.
Começando pelo gênero do livro, puro romance. É realmente dedicado a leitores que se interessam nesse gênero, quem não gosta, provavelmente vai falar que o livro é meloso e melodramático, mas não é bem assim, o que a autora quis dar destaque foi na incerteza que ronda América, como ela fica dividida entre Aspen e Maxon, e faz questão de detalhar tudo que ela está sentindo e pensando, sinceramente, a escrita é muito boa, e é tão envolvente que faz o leitor ter as mesmas incertezas de América.
Sendo o livro focado em América, claro, foi ela quem mais me chamou atenção, simplesmente pelo fato dela ser normal, tipo, totalmente normal. Vou explicar melhor, América não é a donzela indefesa, nem a mocinha humilde preocupada unicamente com o bem estar dos outros, nem a garota rebelde e problemática, nem a que tenta chamar atenção de todas as formas...
América é apenas América. Mas mesmo ela sendo alguém comum, a personalidade dela é interessante. Ela é sim preocupada com os outros, mas muita vezes pensa primeiro nela mesma e se esquece que ela não é a única com problemas, o livro retrata isso de uma forma tão natural que faz você ficar tão indecisa sobre os acontecimentos quanto ela. A preocupação da autora foi dar realidade aos sentimentos da personagem, e ela fez isso tão bem que me identifiquei com América.
Outra coisa importante ela é ela ser uma ótima observadora. sempre "ligada" no que está acontecendo a sua volta, é em seus pensamentos e reflexões que a história fica realmente interessante. Além de ela ter um ótimo senso de humor e ser muito inteligente.
Como eu disse lá em cima, a história se passa em uma época futurista, onde uma suposta Quarta Guerra Mundial acabou com a economia do mundo, e regrediu os países economicamente, fazendo Illéia se transformar em um Império. O livro não é só uma narração do que América está vivendo, ele tem toda uma história envolvendo a criação do país, a divisão das castas, os motivos que levaram a "Quarta Guerra Mundial", e eu achei interessante a preocupação da autora em criar uma história para Illéia coerente e "realista".
Vi várias pessoas comparando esse livro com The Hunger Games (Jogos Vorazes, se preferirem), mas eu acho apelativo comprará-los. Entendo porque da comparação, pelo fato da população ser dividida em castas, assim como em Jogos Vorazes a população é dividida em distritos, mas sinceramente? Eu achei isso coincidência, pode até ser que não seja, mas a história é completamente diferente.
É isso, espero que tenham gostado dessa resenha (será que estou melhorando?), kissus.